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A Petrobrás recebeu um ofício confirmando o nome de Jean Prates para a presidência da estatal. A empresa divulgou o comunicado recebido pelo Ministério de Minas e Energia na última sexta-feira (13) e representa que a indicação de Prates foi aprovada pela Casa Civil da Presidência da República.

Desde o dia 04 de janeiro, a presidência estava sendo ocupada interinamente por João Henrique Rittershaussen, após renúncia do então presidente Caio Paes de Andrade. Além da indicação para presidência, Prates também foi indicado para integrar o Conselho de Administração da Petrobrás, cuja indicação passará por uma análise interna antes da avaliação dos comitês de Elegibilidade e de Pessoas.

Segundo pesquisas e especulações, há uma expectativa de mudanças nos cálculos, de forma a reduzir o valor pago pelo consumidor nos produtos derivados do petróleo. A Petrobrás adota o modelo de PPI (Preço de Paridade Internacional), o que faz com o que os preços da gasolina, do etanol e do diesel acompanhem a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional, segundo divulgou o site R7.com.

Em nota divulgada no último dia 03 de janeiro de 2023, a AEPET informou que irá acompanhar as ações e as omissões do futuro presidente da Petrobrás. Antes da indicação, a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) revelou declarações e posturas políticas do ex-senador e empresário. Prates foi entusiasta da quebra do monopólio estatal do petróleo exercido pela Petrobrás, no governo FHC, em 1997. Defendeu a privatização da Petrobrás, participou da elaboração da Lei do Petróleo (Lei No 9478/97) e foi redator do Contrato de Concessão. Desde 1991, atuou como empresário e consultor das petrolíferas que pretendiam explorar o petróleo e o mercado brasileiros, através da Expetro Consultoria.

 

De suplente no Senado a presidente da Petrobrás

Nascido em 1968 no Rio de Janeiro, preside o Sindicato das Empresas de Energia do Rio Grande do Norte e o Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia. É formado em direito e economia, com mestrado em gestão ambiental pela Universidade da Pensilvânia (EUA) e em economia da energia, pela Escola Superior de Petróleo, Energia e Motores da França.

Em 2014, foi eleito primeiro suplente de senador. Com a eleição de Fátima Bezerra para o governo do estado, Jean Paul Prates assume a cadeira de senador. Seu compromisso é incorporar novas frentes em defesa da vocação das cidades, atração de investimentos e fortalecimento de empresas locais.

Trabalhou na regulação dos setores de petróleo, energia renovável, biocombustíveis e infraestrutura nos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula. Foi secretário de Estado de Energia e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Norte.

 

Novo marco legislativo

A AEPET-BA entende que a eleição foi plebiscitária e a vitória de Lula inspira esperança nos brasileiros que, mais do que não privatizar é preciso recuperar o que foi privatizado e construir um novo marco legislativo para proteger a Petrobrás da sanha privatista de possíveis futuros aventureiros ultra liberais que fazem da ideologia anacrônica do liberalismo um meio de enriquecimento ilícito e dilapidação do patrimônio do povo.

Recuperar as refinarias, os dutos os campos terrestres, A BR distribuidora e todo o patrimônio da Petrobrás vandalizados pelas gestões Bolsonaro/Guedes, é um dever cívico. As ilegalidades são muitos procedimentos, preço vil e mais que tudo ataque a soberania energética do país. Não recuperar a Petrobrás tanto do ponto de vista do seu patrimônio, de sua marca de sua gestão interna e da recuperação da Petrobrás como orgulho nacional será um estelionato e uma traição ao Brasil e em particular o Nordeste o que inclui o Rio Grande do Norte estado pelo qual o JP Prates foi eleito suplente de senador e até a sede administrativa foi posta à venda.


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