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A demitida política, Leninha Farias, 56 anos, encerrou o protesto contra a Petrobrás, nesta terça-feira 18/07. Ela passou 46 dias, no Rio de Janeiro, no acampamento montado no Edifício Senado (Edisen), reivindicando tratamento médico urgente para tratar uma polineuropatia periférica tóxica causada por hidrocarbonetos e metais. No protesto, chegou a fazer dois dias de greve de fome.

Segundo Leninha, o acampamento foi encerrado após ter conseguido tratamento para tratar a doença com um especialista em Neuroimunologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Canela, na Bahia.

Além da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), ela recebeu apoio do Sindipetro-RJ, do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) e ajuda financeira de colegas, principalmente de aposentados.

“Me despeço do Rio de Janeiro com muita gratidão à FNP e a todos e todas que me mantém viva e firme na luta: vocês!”, escreveu Leninha em agradecimento aos apoiadores da sua luta.

Saiba quem é Leninha

Quando foi demitida em 2009, Leninha estava afastada do trabalho por problemas de saúde com diagnóstico de doença ocupacional e pedido de realização de biópsia. A CAT foi emitida pelo Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cesat), assinada e datada pelo médico do Trabalho da empresa. Na época, para justificar a demissão, a Petrobrás alegou abandono de emprego!

Leninha foi aprovada no concurso Petrobrás em 1987. Técnica em química, ela chegou na Companhia numa época em que pouquíssimas mulheres trabalhavam em turno. Ativista, Leninha logo destacou-se, entrando para a CIPA na Refinaria Landulpho Alves, na Bahia. Tornou-se reconhecida militante na luta de SMS contra, por exemplo, a baixa notificação e/ou manipulação dos fatos relativos a acidentes, além do combate ao descaso com a prevenção.

Ao longo dos anos, as diversas direções da empresa praticaram perseguição política na tentativa de calar a sua voz, até ser demitida em 2009 durante as negociações do ACT.

Petição

Independente das divergências ideológicas, nós, trabalhadores (a), não podemos ter comportamento igual ao da Petrobrás. Qualquer trabalhador (a) demitido injustamente, como é o caso de Leninha, deve receber a nossa solidariedade e o sindicato, que representa a categoria, deve assegurar o plano de saúde e o empréstimo financeiro, como foi aprovado em assembleia, até a data de sua reintegração.

Por isso, divulgamos a petição preparada por Leninha, reivindicando o plano de saúde e o empréstimo ao Sindipetro-BA.

https://secure.avaaz.org/community_petitions/po/sindipetro_bahia_sindipetro_bahia_pague_os_direitos_de_leninha/


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