Dando prosseguimento às atividades programadas pelo Fórum Baiano em Defesa da Petrobrás, em homenagem aos 68 anos da empresa, na quarta-feira (27/10), às 19h, será realizada a Live com o tema Petrobrás, uma odisseia pelo Brasil soberano. O Fórum é formado pela AEPET-BA, ASTAPE-BA, Abraspet e Sindipetro-BA.
Foram convidados para o evento: a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração, Rosângela Buzanelli, o ex-diretor de Exploração e Produção, Guilherme Estrella e o ex-governador do Paraná e ex-senador, Roberto Requião. A diretora de Comunicação da Associação, Érika Grisi e Radiovaldo Costa do Sindipetro Bahia, farão a mediação da Live que será transmitida pelo canal do Youtube e página do Facebook.
O Fórum convida a categoria – aposentados e ativos -, parlamentares, movimentos populares e sociais, a sociedade baiana, para que participem deste importante evento que discutirá, entre outros temas, as estratégias para barrar a venda dos ativos vendidos pela empresa no Brasil e na Bahia. O estado é berço da exploração e produção do petróleo e gás no Brasil que foi o pontapé inicial para a autossuficiência do produto.
O governo de Jair Bolsonaro está desmantelando a Petrobrás, a fim de privatizá-la, pressionado pelas petroleiras estrangeiras que buscam dominar o mercado interno. Apenas durante a pandemia, Bolsonaro colocou à venda ações de 53 campos terrestres, 39 plataformas, 13 mil quilômetros de gasodutos, 124 postos de gasolina, 12 unidades de geração de eletricidade e 8 unidades de processamento de gás natural. Os postos BR já não são mais da Petrobrás e 43% dos donos da BR Distribuidora são estrangeiros.
Levantamento do Observatório Social da Petrobrás, de 2015 a julho de 2021, com a correção dos valores, chega-se à cifra de R$ 231,5 bilhões em ativos privatizados pela estatal. Desses, na Bahia, são R$ 12 bilhões, incluindo a Refinaria Landulpho Alves (RLAM). Enquanto isso, não se tem notícias de investimentos desses recursos na própria empresa.
A disparada dos preços da gasolina, do gás de cozinha e do diesel não pode ser tratada como uma questão apenas de tributação. É, acima de tudo, um problema de gestão da Petrobrás, que vem sendo administrada para atender exclusivamente aos interesses do mercado.
Apenas nos nove primeiros meses de 2021, a gasolina subiu 56,2% nas refinarias da Petrobrás e 35,5% nos postos de revenda. em igual período, o óleo diesel aumentou 50,9% nas refinarias, e 31,5% nos postos. Já o salário-mínimo não tem aumento desde 2016.
Os brasileiros não podem ficar reféns de reajustes ditados pelos preços internacionais do petróleo, variação cambial e custos de importação de derivados, mesmo o Brasil sendo autossuficiente em petróleo.
Por isso é urgente acabar com a política de preço de paridade de importação (PPI), que disparou os preços da gasolina, do diesel, do gás de cozinha e da inflação. Nos últimos dez meses, a inflação ficou em 10, 26%, puxando também os preços dos alimentos e transportes.
Por isso, é preciso a organização de uma frente ampla que barre a privatização da Petrobrás, uma empresa estatal que deve continuar gerando desenvolvimento industrial, preços justos dos derivados, empregos e renda para a população.
Defendemos, ainda, um referendo revogatório imediato para anular as privatizações em curso, pois a venda dos bens do povo compromete gravemente as condições de vida dos brasileiros, a industrialização e a soberania nacional.
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