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Em continuidade às atividades programadas para o mês da Mulher, a Associação dos Engenheiros da Petrobrás, Núcleo Bahia (AEPET-BA) realizará uma Live, nesta quinta-feira (21/03), às 19h, para debater a difícil situação das trabalhadoras na indústria petrolífera e os desafios enfrentados na Petrobrás. Em especial, o enfrentamento à violência e os assédios no ambiente de trabalho.

O evento será pelo Youtube da AEPET-BA e para não perder, basta clicar no vídeo e ativar o sininho.

O evento contará com a participação da vice-diretora de Comunicação da AEPET, Patricia Laier, e da conselheira eleita pelos trabalhadores no Conselho de Administração (CA) da Petrobrás, Rosangela Buzanelli. A conversa terá como mediadoras Erika Grisi e Francine Moreira, diretora e vice-diretora da AEPET-BA respectivamente.

Apesar do machismo e o preconceito, as mulheres vêm ganhando espaço em profissões consideradas masculinas. Além da desigualdade salarial, as petroleiras sofrem outros tipos de dificuldades na rotina de trabalho, por causa do machismo estrutural na sociedade, que também se reflete nos espaços profissionais

Por isso, elas lutam contra a discriminação de gênero, manifestada de diferentes formas, desde a violência, assédios até salários mais baixos que os dos homens, exercendo a mesma atividade.

No Brasil, no setor de petróleo e gás, reduto reconhecidamente machista, em 2022 eram 14.448 mulheres trabalhando, representando 16,5 % do total de trabalhadores. Esse cenário nacional é parecido com o perfil da Petrobrás, onde as 7.670 petroleiras empregadas equivalem a 17% da força de trabalho da empresa no ano passado, segundo levantamentos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados de relatório de sustentabilidade da empresa.

“A presença feminina na Petrobrás cresceu entre 2000 e 2012, passando de 12% para 17%. Mas, desde 2012, o percentual de mulheres na companhia ficou estagnado nesses 17%”, avalia o pesquisador do Dieese, Cloviomar Cararine.

Teve pequenos avanços quanto à participação feminina na empresa, onde os cargos de chefia ocupados por mulheres aumentam continuamente, atingindo hoje 19,4% do total. Porém, um corte estatístico do perfil étnico-racial das mulheres na Petrobrás mostra que trabalhadoras pretas representam 0,04% do total de gerentes da empresa e 0,04% em outras funções gratificadas.

 

Trabalhadoras ocupam espaço

As mulheres petroleiras atuam nas diferentes unidades da Petrobrás, entre refinarias, terminais logísticos, plataformas de petróleo. Estão também no conselho de administração da empresa, por meio da engenheira geóloga Rosangela Buzanelli, reeleita representante dos trabalhadores no colegiado.

A live será transmitida pelo canal do Youtube da AEPET-BA, proporcionando a oportunidade para que todos interessados possam acompanhar e participar desse importante debate. Os espectadores terão a chance de enviar perguntas e comentários ao vivo, enriquecendo ainda mais a discussão.

Serviço

Live: Trabalhadoras contra a violência e assédios na Petrobrás

Quando: quinta-feira, às 19h, no canal do Youtube da AEPET-BA.


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