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A Vibra Energia, anteriormente BR Distribuidora, divulgou um aumento de 874,1% no lucro líquido no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, atingindo a marca de R$ 789 milhões. Os números aparentam sucesso financeiro que seriam importantes para a Petrobrás, isso se a distribuidora de combustíveis não tivesse sido privatizada.

Enquanto os números financeiros da Vibra Energia impressionam, com aumento significativo no lucro líquido e Ebitda ajustado, surge um debate sobre os reais impactos da privatização da empresa. A venda de parte do capital da BR Distribuidora, em agosto de 2021, ainda levanta questões sobre a perda do controle estatal em uma área estratégica para o país e prejudicou a verticalização da Petrobrás, que historicamente seguiu o lema “Do poço ao posto”.

 

Vibra lesa os consumidores

O desinteresse do presidente, Jean Paul Prates, em comprar qualquer rede de postos ou uma Distribuidora, conforme é divulgado na mídia, preocupa os petroleiros e a sociedade. O petroleiro aposentado que participou do processo de criação da Marca BR, Sylvio Massa, tem denunciado a venda da BR Distribuidora que não necessariamente correspondente ao valor patrimonial de seus ativos, e que arrastou, em contrato paralelo, a logomarca BR Distribuidora Petrobrás.

Para ele, o valor histórico da criação da logo marca BR pode não ter sido considerado no contrato paralelo de aquisição da empresa. Não há dados a esse respeito.

A Vibra apropriou-se do símbolo BR, enganando os consumidores. Prates nada tem feito para barrar a farsa junto ao mercado consumidor ao permitir que sua Marca seja usada ludibriando a confiança do consumidor.

“Essa ação de conivência fere o Código de Defesa do Consumidor na Seção II, artigo 31 que registra que a oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas sobre suas características, qualidade, quantidade, composição, preço, garantia, origem, sobre riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores”, afirma Sylvio em artigo.

A venda de subsidiárias integrais, como a BR Distribuidora, traz à tona debates sobre a necessidade de manter o controle estatal em áreas essenciais para a infraestrutura do país. Enquanto a empresa comemora seus lucros expressivos, fica o questionamento sobre os verdadeiros impactos da privatização para a Petrobrás.

 


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