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Após os recentes crimes contra mulheres registrados em diferentes regiões do país, movimentos femininos de todos os estados convocam uma mobilização nacional no domingo (07/12), sob o lema “Mulheres Vivas”.
Em Salvador, o ato acontecerá no dia 14/12 com uma caminhada do Cristo ao Farol da Barra, com concentração marcada para as 10h.

O Brasil vive uma escalada alarmante da violência contra a mulher, com episódios brutais que têm repercutido nacionalmente. A Pesquisa Nacional de Violência Contra a Mulher, realizada pelo DataSenado e divulgada em novembro deste ano, revelou que 3,7 milhões de brasileiras sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar em 2025. O levantamento também aponta outro dado preocupante: quase 6 em cada 10 mulheres relatam que as agressões começaram há menos de seis meses, enquanto 21% convivem com episódios há mais de um ano.

Além disso, em dez meses, foram registrados 1.177 feminicídios e 2.990 tentativas, o que representa quatro mulheres assassinadas por dia e outras 14 vítimas diárias de tentativas de feminicídio.

A Bahia aparece em segundo lugar no ranking de tentativas, atrás apenas de São Paulo, que registrou 552 ocorrências. Ainda assim, proporcionalmente à população, a taxa baiana — 2,72 tentativas por 100 mil habitantes — é menor que a de estados como Sergipe (4,19) e Maranhão (3,43).
Entre janeiro e outubro de 2025, o estado registrou 208 tentativas de feminicídio, liderando o Nordeste em números absolutos, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Casos recentes que chocaram o país — como o triplo feminicídio das professoras Alexsandra Oliveira, Maria Helena Bastos e Mariana Bastos, em Ilhéus; o assassinato de Laina Santana, em Lauro de Freitas; além de crimes graves em São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Pernambuco — reforçam a urgência de políticas públicas integradas e de uma rede de proteção ativa.

TJ-BA intensifica ações nos 21 Dias de Ativismo

O Tribunal de Justiça da Bahia, por meio da Coordenadoria da Mulher, participa ativamente da campanha internacional “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”. A iniciativa amplia a conscientização sobre os sinais de violência — como controle, isolamento, chantagem, humilhações e ameaças — e reforça a importância da denúncia.

Com a campanha “Nenhuma Mulher a Menos: enfrentar o feminicídio é salvar vidas”, o TJ-BA fortalece ações educativas, parcerias institucionais, varas especializadas, capacitação de equipes e apoio à rede de enfrentamento.

Onde denunciar

  • Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher
  • Disque 190 – Polícia Militar (emergências e flagrantes)
  • Coordenadoria da Mulher do TJ-BA – (71) 3372-1895 / 1867

Romper o silêncio é o primeiro passo para salvar vidas.

AEPET-BA apoia mobilização nacional

Como entidade representativa de trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás na Bahia, a AEPET-BA reafirma seu compromisso com a luta pela vida, pelo respeito e pela igualdade.

A defesa da Petrobrás pública e dos direitos sociais caminha junto com a defesa dos direitos das mulheres, fundamentais para a sociedade, para o trabalho e para as famílias.

A violência contra a mulher não é um problema privado — é um problema estrutural que exige ação conjunta de governos, instituições, entidades, empresas, homens e mulheres.

A AEPET-BA se soma às campanhas de conscientização e reforça: violência contra a mulher é crime — e denunciar salva vidas.

Participe da mobilização nacional em Salvador no domingo 14/12!


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