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A Petrobrás, classificada como a quarta petrolífera mais lucrativa globalmente, está enfrentando críticas intensas após anunciar uma redução de 1% na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de seus empregados.

O Departamento de Recursos Humanos da empresa apresentou justificativas consideradas “ridículas” pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), afirmando que os custos associados ao Acordo Coletivo dos Trabalhadores (2023-2025) e aos gastos com hospedagem e transferências de novos funcionários foram os motivos para a diminuição nos benefícios.

A decisão da Petrobrás desencadeou uma onda de indignação nas redes sociais, com petroleiros compartilhando memes que criticavam a empresa por cortar os benefícios dos trabalhadores mesmo após registrar um lucro excepcional de US$ 24,9 bilhões em 2023 e conceder um aumento de 10% no Programa de Reconhecimento por Desempenho (PRD). A FNP considerou inaceitável a justificativa apresentada pela empresa e exigiu uma análise detalhada dos impactos que levaram à redução da PLR.

Enquanto isso, a gestão da Petrobrás é questionada por sua política de remuneração variável, especialmente em relação ao PRD, que foi criticado por criar disparidades salariais significativas entre os empregados. A Federação Nacional dos Petroleiros está em diálogo com a empresa para obter transparência sobre os resultados de 2023 e as datas de pagamento da PLR nas subsidiárias Transpetro, PBIO e TBG.

Ressalte-se que o indicador da PLR não se relaciona em nada com a produtividade ou com o exercício das relações de produção, e sim com uma gestão que decorre de decisões exclusivas, e não tem a ver com a capacidade e comprometimento da equipe. Ao mesmo tempo que reduz em 1% para os petroleiros (as), a empresa decide aumentar o pagamento para a alta administração, 10% na prática. Robin Hood às avessas: tira dos pobres para dar aos ricos.

(Com informações da FNP)


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