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Segundo a empresa, a descoberta ocorreu no poço Anhangá, a cerca de 190 quilômetros de Fortaleza e 250 quilômetros de Natal.

Na terça-feira (09/04), a Petrobrás anunciou a descoberta de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, através do poço exploratório Anhangá. O poço 1-BRSA-1390-RNS, conhecido como Anhangá, encontra-se a uma profundidade d’água de 2.196 metros, situado a cerca de 190 quilômetros de Fortaleza e 250 quilômetros de Natal, na Margem Equatorial brasileira.

Esta é a segunda descoberta na Bacia Potiguar em 2024, precedida pela comprovação da presença de hidrocarboneto no Poço Pitu Oeste. O poço Anhangá foi identificado como portador de reservatórios turbidíticos do período Albiano (há mais de 110 milhões de anos), um achado inédito na Bacia Potiguar.

A confirmação foi realizada através de perfis elétricos e amostras de óleo, que serão posteriormente caracterizadas por meio de análises de laboratório. A Petrobrás, operadora das concessões, detém 100% de participação em ambas as descobertas.

As atividades exploratórias na Margem Equatorial são vistas pela Petrobrás como parte do seu compromisso em buscar a reposição de reservas e o desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias, garantindo assim o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética.

O plano de investimentos da Petrobrás prevê o investimento de 7,5 bilhões de dólares em exploração até 2028, 3,1 bilhões deles na Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Está prevista a perfuração de 50 novos poços exploratórios no período, sendo 16 na região da Margem Equatorial.

O diretor de Exploração e Produção, Joelson Mendes, enfatizou a importância estratégica das descobertas na Margem Equatorial, destacando o aumento do conhecimento nessa região considerada como uma nova e promissora fronteira em águas ultraprofundas. Mendes ressaltou que tais descobertas são cruciais para garantir a oferta de petróleo necessária para o desenvolvimento do país.

Apesar dos esforços da Petrobrás em destacar a excelência e segurança de suas operações, há preocupações em relação aos potenciais impactos ambientais decorrentes da exploração de petróleo em águas profundas e ultraprofundas.

Embora a descoberta em Anhangá represente uma oportunidade econômica significativa para a Petrobrás e para o país, é necessário um debate amplo e transparente sobre os potenciais benefícios e riscos associados à exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira. A busca por novas fontes de energia deve ser acompanhada por um compromisso robusto com a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento de alternativas energéticas mais sustentáveis.

Mais investimentos na Bahia

Existem no Brasil, 30 bacias sedimentares, 29 com potencial para descobertas de reservatórios comerciais de petróleo e gás natural. O país possui um imenso potencial de reservas de hidrocarbonetos a serem exploradas e desenvolvidas em suas bacias sedimentares.

A Bahia possui seis bacias sedimentares, sendo que a Bacia do Jacuípe tem similaridade geológica com Sergipe Águas Profundas, onde a Petrobrás já declarou comercialidade de 07 campos, que serão produzidos com o uso de Unidade Flutuante de Armazenamento e Transferência (FPSO), ou seja, um tipo de navio-plataforma

A AEPET-BA, que defende a reconstrução da Petrobrás na Bahia, reivindica investimentos da empresa para exploração e revitalizar as atividades da empresa no estado, gerando empregos e o desenvolvimento sustentável.


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