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Não é novidade para ninguém que a indústria petrolífera, de forma geral, é uma área predominantemente masculina. E a presença das mulheres é ainda mais escassa nas Unidades Marítimas (UMs), sejam elas plataformas, sondas, navios especiais e de apoio. Justamente para tentar mudar esse cenário e ampliar a representatividade feminina no setor de óleo e gás offshore, a Petrobrás firmou nesta segunda-feira (29) uma parceria muito interessante e positiva com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, o IBP.

A entidade coordena um projeto chamado “O Mar Também é Delas”, que foi lançado com a intenção de ampliar a igualdade de oportunidades e o bem-estar para as mulheres que trabalham embarcadas em plataformas e sondas da indústria do petróleo no país. A Petrobrás decidiu reforçar esse importante movimento por equidade de gênero.

A primeira iniciativa do convênio será a realização de uma pesquisa de opinião com as petroleiras embarcadas para ouvir suas experiências e conhecer os desafios que enfrentam no dia a dia das atividades offshore. Com base nesse resultado, será elaborado um plano de ação para mitigar as dificuldades das mulheres que já atuam no setor e reduzir barreiras para a entrada de novas profissionais.

A participação massiva das mulheres nessa pesquisa é crucial para um correto diagnóstico da real situação que enfrentam, pois, conforme várias denúncias, ainda no presente, há poucos camarotes e banheiros femininos nas UMs, limitando o número de petroleiras embarcadas. A indisponibilidade de alojamentos, banheiros e/ou camarotes femininos nas áreas operacionais, em terra ou mar, é um problema que vivenciamos desde o milênio passado e que, inacreditavelmente, persiste até hoje.

A Petrobrás informou que o programa será lançado oficialmente em setembro, durante a ROG.e (Rio Oil & Gas), um dos maiores eventos de energia do planeta.

Com essa campanha, a companhia pretende avançar com seu compromisso de transformação social e laboral, promovendo um ambiente mais saudável, produtivo e inclusivo. É mais uma iniciativa de combate ao machismo estrutural, a misoginia e o sexismo, que assolam nossa sociedade, para construirmos ambientes de trabalho mais respeitosos e tranquilos para as mulheres. Estaremos atentas e prontas para cobrar e ajudar nessa construção.

(Blog de Rosangela Buzanelli)


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