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Na semana passada, o Ibama  negou licença ambiental para a Petrobrás iniciar processo exploratório na Margem Equatorial Brasileira, área de 2,2 mil km de litoral entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, vizinha à Guiana e ao Suriname, onde já foram descobertos mais de 11 bilhões de barris de petróleo. Tanto a Petrobrás como o Ministério de Minas e Energia já afirmaram que irão recorrer da decisão.

margem equatorial

A licença solicitada pela Petrobrás é para a perfuração de um único poço para verificar a presença ou não de petróleo no bloco licitado pela ANP na 11ª rodada, em 2013. Os blocos exploratórios da bacia da Foz do Amazonas licitados nessa rodada não puderam ser explorados até o presente por falta de licenciamento ambiental. As petrolíferas Total Energies, BP e BHP tentaram, mas acabaram desistindo do projeto, ficando apenas a Petrobrás como operadora dos blocos.

Talvez, a grande confusão e argumentos maliciosos estejam no uso do termo “foz do Amazonas”, como se a perfuração fosse acontecer no estuário do Rio. Como explica Rosagela Buzanelli, “o termo Foz do Amazonas, conforme o mapa geológico brasileiro, denomina uma vasta bacia sedimentar que se estende pela plataforma continental entre os estados do Amapá e Pará. A perfuração não é na foz do rio Amazonas, mas a cerca de 560 km dela, a 175 km da costa do Amapá e em torno de 100 km de áreas já produtoras na costa da Guiana Francesa”. (Margem Equatorial: muita desinformação e desvio de foco).

Segundo o geólogo Geraldo Luís Lino, “A Petrobrás explora petróleo submarino há meio século sem nenhum grande vazamento na atividade e tem ampla capacidade operacional para enfrentar qualquer emergência do gênero. Ademais, os locais de perfuração situam-se a 160 km do litoral ou mais, em área onde atua a Corrente Norte do Brasil, que flui de sudeste para noroeste, ou seja, qualquer eventual vazamento tende a espalhar-se para longe da costa.”

O que está em jogo é mais um ataque à Soberania Nacional, desta vez travestido do poderoso e eficiente lobby e marketing de entidades ambientalistas, muitas das quais custeadas pelas finanças apátridas.

No inicio de maio, a Noruega, que graças ao petróleo do Mar do Norte constituiu o maior Fundo Soberano do mundo com as receitas advindas do óleo, anunciou que irá intensificar a exploração na área do Círculo Polar Ártico, para melhorar sua segurança energética e a segurança energética de seus amigos e vizinhos na Europa. Para isso, o ministro norueguês de Minas e Energia afirmou: “não deixar pedra sobre pedra” para aumentar a produção de gás. (Decisão da Noruega de intensificar a exploração de petróleo irrita ativistas climáticos).

Para Pedro Pinho, presidente da AEPET, “combater o petróleo é combater o desenvolvimento dos “países reservas” de recursos naturais para os países desenvolvidos”.  No artigo “As energias e o Ambiente inteiro”, Pinho assevera: “portanto, podemos entender as proibições para a Petrobrás, como detentora da tecnologia de exploração e produção de petróleo menos poluidora entre as empresas congêneres, e, nas costas brasileiras, única capaz de realizar investigação exploratória, verdadeira chantagem das finanças”.

 

Fonte: AEPET


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