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A Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, foi contemplada com investimento do Novo PAC, do Governo Federal, que irá construir uma nova unidade, ampliando em 10 milhões de litros de diesel por dia a capacidade produtiva do ativo. Atualmente, a Replan tem capacidade para produzir até 24 milhões de litros de diesel por dia.

A obra da unidade de hidrotratamento (HDT) está em andamento desde 2022, o HDT tem investimento de US$ 458 milhões e previsão para entrar em funcionamento a partir de 2025. Segundo a Petrobras, o HDT gera hidrogênio a partir de um forno de 1,3 mil graus e 130 toneladas de vapor por dia, remove os contaminantes do combustível, como o enxofre, e reduz impactos no meio ambiente.

Em entrevista ao g1, o gerente geral da Replan, Raphael Franco de Campos, falou sobre a nova unidade. “É uma unidade robusta, irmã da unidade que a gente já tem aqui, com a mesma tecnologia, a gente já sabe operar. Pessoal imbuído na obra, com grande conhecimento técnico, já estamos preparados para receber a unidade, para ter seu incremento de produção”, destaca.

A nova estrutura vai impactar principalmente a produção de diesel, derivado com maior volume de saída da Refinaria, mas a produção de querosene de aviação (QAV) também deve aumentar, dependendo do comportamento do mercado.

A Refinaria de Paulínia é a maior unidade de processamento de petróleo da Petrobrás, com capacidade para processar 69.000 m³ de petróleo por dia (69 milhões de litros), o equivalente a 434 mil barris, e atende a 30% do território brasileiro. Sua produção é escoada para pelo menos oito estados brasileiros, além do interior de São Paulo.

 

Com privatização, sem investimento

 

A luta pela reestatização não pode parar. Mais uma vez nos deparamos com uma consequência negativa da privatização. Sob a administração de empresas privadas, as refinarias vendidas não são contempladas com investimentos valiosos para o desenvolvimento petrolífero do país, como esse recebido por Paulínia.

Por isso, a luta pela reestatização não pode parar. A AEPET-BA reforça a importância da reestatização dos ativos baianos vendidos e faz questão de compartilhar os efeitos negativos das privatizações, que tanto afetam negativamente a Bahia.

A primeira refinaria nacional, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM) como o primeiro poço de petróleo comercialmente viável, Candeias 1, não podem ser mantidos como privatizados em prejuízo da Petrobrás e da sociedade baiana e nordestina. Precisamos lutar para que a Petrobrás cumpra seu objetivo inicial de assegurar o abastecimento de combustíveis e gás de cozinha ao menor preço possível e a todos os brasileiros.

Precisamos manter a mobilização em todas as frentes para retomar as refinarias do povo, na justiça, nas ruas, no parlamento, todas as formas são formas de mantermos a esperança e a luta por um país melhor para todos. A retomada do patrimônio do povo é o meio de reconstruirmos o Brasil e a Petrobrás para os brasileiros.

Os 70 anos da Petrobrás precisa ser o marco de uma luta pela retomada do patrimônio, pela conversão da empresa em 100% da união e comprometida com o desenvolvimento econômico e social, com a reindustrialização nacional e transição energética justa, financiada com os investimentos decorrentes da atividade petrolífera.

 

#ReconstruiraPetrobráséReconstruiroBrasil


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