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A decisão do CA pode significar o retorno da Petrobrás ao conceito “do poço ao posto”

Fernando Siqueira, vice-presidente e diretor administrativo da AEPET, vê com otimismo a decisão do Conselho de Administração (CA) da Petrobrás que aprovou a volta ao negócio de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente chamado de gás de cozinha ou botijão, anunciada na quinta-feira (07).

Em 2020, a Petrobrás vendeu sua subsidiária Liquigás, que detinha 22% do mercado de distribuição de GLP para um consórcio formado pela Copagaz, Itausa e Nacional Gás, por R$ 4 bilhões, valor considerado muito baixo por Siqueira. “Além do preço de banana, a venda possibilitou uma concentração de mercado, que prejudica os consumidores”, afirma Siqueira.

Além da Copagaz, o mercado conta com dois grandes distribuidores: Ultragaz e Supergasbras. Segundo Siqueira essa concentração impede que a Petrobrás, que produz o GLP, tenha poder de regular o preço de venda ao consumidor. Atualmente, a petroleira entrega 13kg de GLP por R$37,00, mas o preço final ao consumidor ultrapassa os R$ 110 por botijão.

Fernando Siqueira acha que o retorno à distribuição será difícil e a médio prazo. Mas que pode seguir o mesmo exemplo de quando a Petrobrás comprou a Liquigás, então pequena e com dificuldades financeiras e a transformou num importante concorrente.

“A decisão do CA pode significar o retorno da Petrobrás ao conceito “do poço ao posto”, garantindo a segurança energética do país.

Fonte: Alex Prado – AEPET


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