Nesta terça-feira (12), foi realizado em Brasília o ato unificado em defesa da Petrobrás e das demais estatais, da soberania nacional e contra o Projeto de Lei do governo Bolsonaro (PL 1583/2022), que pretende acabar com o Fundo Social do Pré-Sal. Os recursos do Fundo Social estão vinculados à aplicação em políticas públicas sociais, principalmente, nas áreas de educação e saúde.
O evento foi realizado no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, no Distrito Federal e participaram, além dos petroleiros, estudantes, educadores, eletricitários, centrais sindicais, movimentos sociais e populares.
Criado em 2010, ainda no governo Lula, o fundo soberano recebe a parcela dos recursos do Pré-Sal, como royalties e participações especiais, que são destinados para investimentos em educação e saúde. Isso representa um corte de quase R$ 200 bilhões das políticas sociais brasileiras.
A atividade foi articulada Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, da Petrobrás e do Serviço Público com o apoio da FUP, FNP, CNTE, FENTECT, CNE, entre outras entidades.
Os petroleiros e petroleiras que não puderam estar presentes em Brasília, também fortaleceram o ato colocando em destaque no Twitter o assunto “Cadê o Fundo”.
Compuseram a mesa os coordenadores da FUP, Deyvid Bacelar, e da FNP, Adaedson Costa, junto com representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e de outras categorias do setor público, além de parlamentares do PT, PCdoB, PSB, Rede, PSOL entre outros partidos do campo da esquerda.
O coordenador da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar, afirmou que o objetivo deste ato é pressionar os parlamentares contra o projeto de privatização do governo Bolsonaro.
Adaedson Costa, Secretário Geral da Federação Nacional dos Petroleiros, lembrou das milhares de pessoas que estão em vulnerabilidade alimentar no Brasil de Bolsonaro. “Só a Petrobrás ser a maior empresa do país não basta, toda essa riqueza gerada por nós, trabalhadores, tem que servir sim para diminuir essa desigualdade. Enquanto tiver uma pessoa sem um teto pra dormir e uma pessoa sem ter o que comer, nossa produção de riqueza está equivocada. Nós somos a força que produz o orgulho e a riqueza desse país, e nós vamos ser a força que vai produzir e mudar esse país. Um país sem fome e um país que nos tenhamos orgulho de viver”.