Compartilhe

 

O evento on-line com o tema “Futuro da Petrobrás Brasileira” aconteceu na noite de quarta-feira (26/10) e bateu recorde de audiência com mais de 500 visualizações. A Live foi promovida pelo Comitê de Lutas dos Petroleiros e teve como objetivo debater as perspectivas da maior empresa petrolífera nacional, que está sendo ameaçada de privatização pelo governo Bolsonaro.

Os convidados da Live foram o ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, Guilherme Estrella; o professor do Instituto de Energia da USP e ex-diretor Executivo da Petrobrás, Ildo Sauer e o ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli. Marcos André fez a condução do evento que foi transmitido pelos canais do Youtube e páginas do Facebook da AEPET-BA, Sindipetro-BA e Abraspet.

Com quase três horas de duração e intensa participação dos internautas, o evento debateu temas como o passado, presente e futuro da Petrobrás; os prejuízos da privatização da empresa; os riscos à soberania nacional; o papel da empresa na transição energética; uso do excedente econômico do pré-sal; reconstrução da Petrobrás no Brasil e na Bahia; reestatização dos ativos vendidos, dentre outros.   

 Durante a Live, os palestrantes criticaram o governo Bolsonaro pela destruição quase total da empresa com a venda dos ativos estratégicos, provocando sua desintegração.    

Por isso, na opinião do ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, a empresa foi condenada à morte indo na direção contrária às grandes petrolíferas mundiais, públicas ou privadas. Isso aconteceu em consequência das decisões do governo Bolsonaro de optar pelo Plano de Negócio a curto prazo e venda dos ativos. “Se olharmos para depois de 2030, a queda da atividade exploratória, a redução do número de poços perfurados e o abandono da ideia de uma empresa integrada são (características) típicas de uma empresa suicida que vai morrer daqui a 5, 6 anos”, afirmou ele.

Para o professor Ildo Sauer, o que está acontecendo com a empresa não pode ser considerado suicídio, mas um assassinato deliberado de Bolsonaro e dos dirigentes da empresa contra o povo brasileiro. “Estão assassinando a maior construção histórica, social e econômica do povo brasileiro para assassinar seu futuro”.

Sauer alertou que até dezembro, o governo Bolsonaro irá acelerar a venda de mais ativos, promovendo a destruição não só da Petrobrás como empresa integrada como também da indústria do petróleo que “poderia gerar o excedente econômico capaz de garantir a transição energética brasileira a médio e longo prazos”.

Durante o debate, tanto Ildo Sauer como Guilherme Estrella apontaram o papel fundamental da Petrobrás e dos recursos do pré-sal para tirar o país da crise econômica e combater a fome. O Brasil hoje tem 30 milhões de pessoas que passam fome.   

Às vésperas do segundo turno das eleições, no domingo 30/10, quando estão em disputa dois projetos completamente antagônicos para o país, os convidados se mostraram preocupados com o resultado das eleições. Caso Bolsonaro seja reeleito não há dúvida que dará continuidade a privatização completa da Petrobrás; caso ele perca as eleições significa a esperança de reconstruir a empresa, retomar a RLAM, bem como todos os ativos privatizados a preço vil pelo presidente.

A Petrobrás fará 70 anos em 2023 e para os brasileiros a única esperança de voltar a contribuir para o desenvolvimento nacional e ter preços justos nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha é garantir a vitória do projeto democrático representado por Lula. Sem isso a luta pela Petros, AMS e pela manutenção da Petrobrás como patrimônio do povo será muitíssimo difícil.

No final do evento, os convidados apresentaram várias propostas de reconstrução da Petrobrás e da reestatização dos ativos entregues. Inclusive, o geólogo Guilherme Estrella, que vai cumprir 81 anos, recorreu à Constituição Brasileira de 88 para falar sobre a soberania nacional e o monopólio do petróleo. Ele defendeu também a proposta do ex-senador Roberto Requião de realizar um referendo revogatório de todos os atos do governo Bolsonaro.  

O Comitê de Lutas dos Petroleiros é integrado pela AEPET-BA, ASTAPE-BA, Abraspet e Sindipetro-BA

Perdeu a Live? Então assista agora


Compartilhe