Na Bahia, as principais entidades representativas dos petroleiros decidiram unificar as ações e criar o Fórum Permanente de Reconstrução da Petrobrás na Bahia e no Brasil que terá como objetivos mobilizar a categoria e elaborar um plano de ação em defesa da empresa. A iniciativa partiu do Fórum Baiano em Defesa da Petrobrás, Petros e AMS.
O encontro presencial, na noite desta quarta-feira (08/06), no Clube 2004, que aprovou o Fórum, reuniu petroleiros da ativa, aposentados e anistiados. Representantes do mandato da vereadora Marta Rodrigues (PT) e pré-candidatos aos cargos de deputado federal e estadual da categoria petroleira também se fizeram presentes.
Desde maio, os petroleiros vêm participando de encontros virtuais quinzenais, debatendo a constituição e objetivos do Fórum. Entretanto, o interesse em ampliar o movimento e a urgência em criar ações para defender a Petrobrás contra o plano de privatização que o governo Bolsonaro articula com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), mobilizou os participantes a ter um encontro presencial para aprovar o Fórum.
Durante a reunião, no Clube 2004, os presentes manifestaram sua indignação pela saída da Petrobrás da Bahia, um “vendaval” privatista que desmantelou todo o parque industrial da empresa no estado, que só perdia para o Rio de Janeiro, em termos de atividades na indústria do petróleo e gás. Não sobrou nada e hoje quase todas as unidades estão sendo administradas pela iniciativa privada.
Da ativa, apenas continuam trabalhando, no estado, um grupo de petroleiros do administrativo no coworking, no Edifício Suarez Trade, no Caminho das Árvores, em Salvador, que resiste à pressão dos gerentes nas transferências para o Rio de Janeiro.
Diante desse cenário – de terra arrasada – o espaço para debater o futuro da categoria, da economia baiana e da reconstrução da Petrobrás caberá ao Fórum. Por isso, foi aprovado um manifesto que será distribuído à categoria, a fim de criar uma onda de mobilização regional que reúna os ativos, aposentados, anistiados e as pensionistas.
No manifesto, os integrantes do Fórum defendem o monopólio estatal do petróleo, a Petrobrás e outras empresas públicas e criticam a política de preços dos combustíveis do governo Bolsonaro, que atormenta os brasileiros.
A próxima reunião do Fórum acontecerá de forma virtual e a data será divulgada brevemente. Participe do Fórum e contribua para aumentar a mobilização em defesa da Petrobrás.
Leia aqui o manifesto