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A AEPET tem reiterado que a retomada dos ativos da Petrobrás, vendidos nos últimos 7 anos, é a única forma do Brasil voltar a ter uma empresa de energia integrada.

No fim de semana retrasado, São Paulo, maior cidade do país, se viu quase às cegas, com 4 milhões de pessoas sem o fornecimento de energia elétrica, distribuída pela privatizada Enel, e seis dias após, milhares de habitantes ainda não tinham o fornecimento restabelecido.

Culpando apenas o forte temporal que atingiu a cidade, a empresa é incapaz de fazer ao menos um pedido de desculpa à população. E tanto o governo do Estado como o prefeito foram incapazes de enquadrar a Enel ou discutir o seu papel estratégico e o erro de sua privatização. Ao contrário, o governador Tarcísio Freitas mantém a toque de caixa o processo de venda da empresa de saneamento Sabesp.

Ex-governador do Paraná, Roberto Requião, que luta em seu Estado contra a venda da Copel, afirmou em vídeo: “Energia privatizada vira “chupa-cabra” da economia” (https://aepet.org.br/noticia/requiao-energia-privatizada-vira-chupa-cabra-da-economia/)

Requião aponta também a responsabilidade de Lula sobre o que acontece na Petrobrás. “Lula assumiu prometendo ‘abrasileirar’ a Petrobrás. Mas não foi o que ele fez. Colocou o Prates, que foi consultor de empresas privadas e foi lobista das empresas que ganharam com o fim do monopólio”.

Já vamos para o 11º do mês da gestão Lula/Prates na Petrobrás e o que se vê é a inapetência política de enfrentar e reverter o desmonte da empresa, promovido desde 2016.

E nesta semana vimos uma verdadeira chantagem da empresa Unigel Agro, que arrendou a Fafen Bahia, fechou a fábrica e colocou no colo da Petrobrás a demissão de quase 300 trabalhadores, como forma de tentar obter preços menores pelo gás natural. (https://aepet.org.br/noticia/arrendataria-da-ex-fafen-bahia-pressiona-petrobras-e-demite-quase-300-empregados/)

A AEPET tem reiterado que a retomada dos ativos da Petrobrás, vendidos nos últimos 7 anos, é a única forma do Brasil voltar a ter uma empresa de energia integrada. Reverter a entrega da BR Distribuidora, da malha de gasodutos e das refinarias é um ato de vontade política e juridicamente amparado, como sustenta o jurista Gilberto Bercovici.

O fim efetivo do PPI e a retomada dos investimentos nos patamares pré lava jato também são instrumentos necessários para que a Petrobrás reassuma seu papel de grande indutora do desenvolvimento e da soberania nacional.

Infelizmente, tanto o governo como a atual gestão da Petrobrás não parecem dispostos a comprar essa luta.

Fonte: jornalismo da AEPET


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