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Amanhã, sexta-feira, 1º de setembro, mais 140 trabalhadores e trabalhadoras do regime administrativo vão retornar ao edifício Torre Pituba, em Salvador (BA). O anúncio foi feito pela Petrobrás. Esses petroleiros e petroleiras foram transferidos compulsoriamente para outros estados quando a sede administrativa foi desmobilizada pelo governo Bolsonaro, em 2019. Um novo grupo está previsto para retornar em dezembro.

A luta da AEPET-BA é pelo retorno de todos os empregados (as) transferidos, mas é muito importante saudar a chegada de mais companheiros e companheiras ao Torre Pituba que é um dos símbolos da presença da Petrobrás no nosso estado. A reabertura do Torre Pituba é uma vitória da categoria, com participação ativa da Associação dos Engenheiros da Petrobrás, núcleo Bahia.

Segundo a empresa, nos próximos meses novos andares serão liberados aos empregados (as), mas até lá os empregados recém-chegados realizarão seus dias de trabalho presencial às segundas e sextas-feiras, dias com maior disponibilidade de estações de trabalho e vagas de estacionamento e menor risco de superlotação. Para quem trabalha no Torre Pituba nesses mesmos dias definidos para o presencial, não há necessidade de alteração. Quanto aos demais, que tenham outras datas de presencial acordadas (terças, quartas ou quintas-feiras), a orientação é que mantenham a ocupação nesses dias, sem mudança.

Nessa trajetória, a AEPET-BA se manteve ao lado dos empregados (as) buscando alternativas de enfrentamento à desmobilização do Torre Pituba e a venda dos ativos da Petrobrás na Bahia. Com os empregados do Torre Pituba e RLAM, a entidade realizou várias reuniões, mais de 20º bate-papos e encontros presenciais. Nesses encontros, além de debater as estratégias e ações da luta contra o fechamento do Torre Pituba, criamos uma rede de apoio para amenizar os efeitos da desmobilização do edifício nos trabalhadores (as). Os atos e as manifestações também se fizeram presente, mostrando para a sociedade o desmonte silencioso da empresa e resistindo à saída da Petrobrás da Bahia.

Além disso, foram encaminhadas diversas denúncias ao Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA), que reconheceu a AEPET-BA como uma entidade facilitadora da atuação do órgão perante as denúncias contra a Petrobrás. Tramitam, ainda, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT5) da 5ª Região em Salvador/BA, 11 (onze) ações individuais e uma ação coletiva. Essas ações acabam se duplicando e triplicando porque a Petrobrás insiste em recorrer junto aos desembargadores no 2º grau (2ª instância) do TRT5. Em outros casos, a empresa recorreu no 3º grau através de recursos junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília/DF, acabando sendo sempre derrotada.

 

Pelo fim das transferências e dos bate-voltas

 

Temos motivos para comemorar, e assim devemos fazer, mas sem esquecer que ainda há muita luta pela frente. É preciso solucionar o problema dos empregados transferidos de forma involuntária e compulsória, e que agora estão realizando bate-voltas. A rotina desgastante afasta os trabalhadores de suas famílias para que se cumpra o plano de trabalho presencial que poderia ser realizado remotamente.

Mesmo com a mudança de gestão, a política da antiga diretoria da Petrobrás ainda persiste e continua causando danos à saúde física e mental dos petroleiros e petroleiras, fazendo vítimas muitas vezes fatais. A situação é urgente e precisa de uma solução imediata dos novos gestores.

Reconstrução é o ato ou efeito de reconstruir, reedificar. É por ela que devemos lutar. A AEPET-BA, junto às demais entidades e à categoria, já deu grandes passos, mas ainda há muitos a serem dados para que a Petrobrás seja reedificada na Bahia e fazendo o mínimo pelos seus trabalhadores: zelando pela integridade física e mental daqueles que são pilares desta empresa.

 

#TorrePitubaResiste

#QuemEstaLongeTemPressa

#QueroVoltraPraCasa

#MeDeixeNaBahia


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