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O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, se reuniu com o vice-presidente do Grupo Mubadala, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, durante o Carnaval, para discutir a retomada da participação da Petrobrás na operação da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia. Uma nova configuração societária da RLAM poderá ser anunciada até o final deste semestre.
“Acertamos que nossas equipes intensificarão os trabalhos logo após a volta dos feriados de Carnaval com vistas a finalizar a nova configuração societária e operacional ainda neste primeiro semestre de 2024. Demais detalhes e andamentos atuais serão mantidos sob confidencialidade até a finalização do processo”, disse Prates, em uma postagem no X (antigo Twitter).
Prates declarou ainda que vem tendo conversas com Al Muhairi desde o início do ano passado sobre os investimentos do Fundo Mubadala no Brasil. Em dezembro, ele recebeu uma proposta da Mubadala Capital para uma possível compra de participação acionária na RLAM. Para lembrar, a unidade foi vendida pela petroleira ao fundo árabe em 2021 por cerca de US$ 1,8 bilhão.
No ano passado, depois que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o poder, a Petrobrás sugeriu que poderia comprar de volta ativos de refino para aumentar sua produção de combustível. Com isso, espera-se que a RLAM volte a ser da Petrobrás e não uma fatia dela.
Prates declarou, ainda, que a parceria com os árabes inclui o projeto para a implementação de uma biorrefinaria no estado que produzirá diesel renovável e combustível de aviação sustentável a partir de macaúba, uma árvore nativa brasileira.
A construção da biorrefinaria demandará investimentos de R$ 12 bilhões nos próximos 10 anos, visando a produção, a partir de 2026, de 1 bilhão de litros de combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel renovável HVO. Isso, segundo Prates, traria de volta sinergias importantes envolvendo a Petrobrás e a RLAM.
A RLAM é responsável por cerca de 10% da capacidade de refino de petróleo do Brasil. possui capacidade de processamento de 333 mil barris por dia, e seus ativos incluem quatro terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos que interliga a refinaria e os terminais totalizando 669 km de extensão.

Manifesto em defesa da RLAM

A AEPET-BA expressa apoio à reintegração da RLAM à Petrobrás, mas ressalta a importância de evitar uma abordagem fragmentada nesse processo. Desde a venda da Refinaria, a Acelen, sua atual gestora, tem estabelecido os preços mais elevados do país para gasolina, diesel e gás de cozinha, configurando um monopólio privado regional que prejudica a economia baiana e onera a população.
Reconhecemos o avanço da retomada operacional, mas o realismo governamental não pode legitimar a pilhagem do governo passado e no final das contas a Mubadala ganha duas vezes enquanto a Petrobrás continuará fatiada. Ainda havendo um dilema, foi  esquecido que foi vendido por menos da metade do preço, O governo Lula vai legitimar esse crime?
A AEPET-BA, não deixa de reconhecer que a retomada operacional pela Petrobrás e o retorno dos empregados expatriados são avanços importantes, mas não se pode a despeito disso legitimar o a venda da RLAM a preço vil, já inclusive apontado pelo TCU, Crime é crime e a legitimação associa ao criminosos, não somos contra a parceria nem entendemos que deva se esperar para a conclusão do cancelamento da venda para a retomada, mas não podemos legitimar e legalizar a venda absurdo com forte indícios de corrupção de Bolsonaro com recebimento de joias e já apontado pelo TCU.

“Espera-se que funcione a estratégia de atrair os árabes para o mercado de biocombustíveis na Bahia – na atual transição energética – em troca de participação da Petrobrás no capital da ex-RLAM”, conclui Marival Matos.

 

Leia também: Quanto vale uma refinaria?

Diante disso, a AEPET-BA lança uma campanha e convida à assinatura do manifesto em defesa da RLAM, assegurando um futuro promissor para o Brasil, onde a Petrobrás permanece como peça fundamental para o crescimento econômico, a redução das desigualdades sociais e a construção de um país autossuficiente combustíveis, realizando uma transição energética justa e comprometida com a industrialização e a soberania energética.

Assine aqui o manifesto


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