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Na segunda-feira (15), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a formação de um grupo de trabalho para monitorar os possíveis impactos do recente ataque do Irã a Israel no mercado nacional de petróleo. Em declarações à imprensa, Silveira enfatizou a importância de manter a vigilância, destacando que o Brasil, como todos os países, é afetado por restrições na produção ou comercialização de petróleo.

Ele ressaltou que o Ministério já iniciou discussões com a Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis para criar um grupo de monitoramento permanente da oscilação dos preços do petróleo cru Brent.

Segundo Silveira, o objetivo é estar preparado para agir rapidamente, respeitando a governança do setor privado e da Petrobras. Ele expressou sua esperança de evitar uma escalada das tensões no Oriente Médio, mas afirmou que o Brasil está se preparando para um possível cenário mais crítico.

O ministro também enfatizou a importância de manter contato próximo com a Petrobras, distribuidoras de combustíveis e outros membros da cadeia de suprimentos de petróleo no país para garantir o abastecimento nacional diante de um eventual aumento do conflito internacional.

FMI alerta sobre incertezas no preço do petróleo

Em relação a esse cenário, um relatório recente do Fundo Monetário Internacional (FMI) revela incertezas significativas nas perspectivas de preço e demanda do petróleo. O relatório de Perspectivas da Economia Mundial (WEO) destaca os riscos de aumento nos preços do petróleo caso os conflitos no Oriente Médio se intensifiquem.

Além disso, o FMI aponta para o aumento da incerteza devido a novos ataques ucranianos a infraestruturas de energia russas, que afetam as taxas globais de frete de navios petroleiros.

“As tensões no Mar Vermelho levaram a um aumento de 50% nas taxas globais de frete de navios petroleiros”, afirma o relatório. “Entre a principal rota afetada, é a do Oriente Médio para a Europa, que preços aumentaram 200% desde novembro 2023 a março de 2024”

Os mercados futuros sugerem que os preços do petróleo cairão 2,5% ano após ano, para uma média de US$ 78,60 por barril em 2024, e continuará caindo para US$ 67,50 em 2029.

Os riscos para esta perspectiva de preços estão equilibrados, segundo o FMI. Porém, riscos de preços ascendentes podem surgir de uma escalada.

Contudo, o Fundo afirma que também há riscos descendentes para os preços do petróleo. Isso ocorre devido ao aumento da busca da China em meio à redução do crescimento local e dos estímulos econômicos.

De acordo com o documento, o aumento da oferta de petróleo por países não integrantes da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) também podem pesar os preços da commodity. Enquanto isso, os preços do gás natural devem continuar em queda, em meio a um ambiente de “ampla oferta”.

(Com informações da Agência Brasil e site Money Times)


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