As eleições para os conselhos Deliberativo e Fiscal da Associação Petrobrás de Saúde (APS) começaram na sexta-feira (27/10) e a pergunta que circula entre os petroleiros e petroleiras é: “em quem devemos votar?”. A resposta é quase unânime entre as entidades da categoria: não vote!
Em geral, as eleições têm o objetivo de eleger, democraticamente, indivíduos para exercerem o papel de representantes. Mas como eleger representantes para uma associação que não representa a categoria petroleira e ainda a desrespeita? Por isso, a indicação é não votar. Você vai vender o seu futuro? Não valide a imoralidade e diga não à APS.
Queremos a AMS de volta
A AEPET-BA, juntamente com a categoria, reivindica que a AMS volte a ser administrada pela Petrobrás e que a companhia, por sua vez, resolva as questões estruturais da Assistência Médica, destacando a relação de custeio que a empresa insiste em manter 60×40.
Na atual negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023-2021, o tema da saúde é um dos temas prioritários por parte das representações dos trabalhadores. A questão da saúde mental se destaca. Os aposentados enfrentam os descontos excessivos e, por essa razão, dificuldades financeiras. Além das cobranças abusivas, atendimentos precários, frieza da burocracia e os descredenciamentos trazem mais dor de cabeça para os ativos e aposentados.
A volta da relação de custeio 70×30, margem consignável de 13%, solução definitiva para acabar com os descontos abusivos do saldo devedor, reajuste da tabela do Grande Risco pelo IPCA, autogestão da AMS pelo RH, melhoria e ampliação do benefício farmácia, solução dos problemas com reembolso do PAE, cobertura dos tratamentos para redesignação sexual, retorno ao plano dos beneficiários que foram excluídos por inadimplência e a realização de auditorias nas despesas que deveriam ser de responsabilidade exclusiva da Petrobrás (tratamento de Covid-19 e demais doenças e acidentes de trabalho), são algumas das reivindicações da categoria.
A APS é uma associação privada, que passou a gerir a AMS desde abril de 2021. Já a AMS é o quarto maior plano de autogestão do país, com mais de 240 mil beneficiários e tem uma carteira avaliada em cerca de R$ 2,7 bilhões anuais.
As eleições da APS vão até o dia 10 de novembro. Por isso, não vote nas eleições da APS!