Em nota emitida na terça-feira (04/06), a Petrobrás afirmou que um recente estudo comprova a viabilidade ambiental da exploração de petróleo em águas profundas do litoral do Amapá. Conforme as modelagens, na remota possibilidade de um vazamento de petróleo, a contaminação não iria em direção ao litoral brasileiro, e sim para áreas oceânicas internacionais.
O estudo mais recente foi conduzido pela ONG Greenpeace e pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA), e tinha o objetivo de mapear as correntes marítimas na região. A pesquisa confirmou os resultados de outra modelagem realizada pela Petrobrás.
Em relação às boias do Greenpeace que alcançaram o litoral amapaense, a Petrobrás afirma que elas foram lançadas de uma região onde a estatal não irá operar, próxima à zona costeira. Além disso, a companhia afirmou que a possibilidade de vazamento é “remotíssima”.
O Plano Estratégico (2024-2028) da Petrobrás prevê um investimento de US$ 3,1 bi na Margem Equatorial, localizada no Norte do país, entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte, nos próximos cinco anos e a perfuração de 16 poços.
Leia a íntegra da nota da Petrobrás:
O estudo conduzido pela Greenpeace e pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) confirmou os resultados dos estudos de modelagem de dispersão de óleo realizados em 2015 e 2022 pela empresa especializada Pró Oceano, contratada pela Petrobras.
As modelagens foram realizadas como parte do processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59, localizado em águas profundas do litoral do Amapá, a cerca de 500 km de distância da foz do rio Amazonas, com base em termo de referência emitido pelo Ibama. Nessa região, tanto as modelagens encomendadas pela Petrobras quanto o estudo realizado pelo Greenpeace e pela Iepa indicaram que, em caso de vazamento, o comportamento de deriva do óleo é no sentido contrário do litoral brasileiro, para áreas oceânicas internacionais.
Além dos da Petrobras e do Greenpeace, outros dois levantamentos, realizados pelo Global Difter Program (GDP) e no Projeto Costa Norte (Enauta), já haviam apresentado resultados similares para o comportamento das correntes da região.
Os derivadores (boias que simulam a movimentação do óleo) do Greenpeace que alcançaram a costa do Amapá foram lançados próximos à zona costeira e em águas rasas da bacia. A Petrobras não pretende operar nesse faixa marítima e, portanto, esses resultados não são representativos de um cenário acidental na área do bloco onde haverá perfuração.
O cenário de vazamento de óleo é uma possibilidade remotíssima, considerando os sistemas preventivos e de segurança operacional de última geração utilizados pela Petrobras. A companhia opera no litoral brasileiro há décadas, sem qualquer registro de acidentes com vazamento na perfuração de poços.
A Petrobras é referência na exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultra profundas. A empresa possui um plano de resposta a emergência de referência mundial, contando com equipamentos de última geração e equipes bem treinadas e altamente qualificadas para atuar na contenção e no recolhimento do óleo de um eventual vazamento.
(Com informações do Brasil 247)