Cerca de 300 pessoas participaram do evento online
Com um chamado à categoria petroleira para se mobilizar em defesa da Petrobrás, AMS e Petros, os convidados encerraram a Live realizada pela AEPET-BA, no dia 02/09. Foram mais de duas horas de transmissão simultânea pelo canal do Youtube e perfil do Facebook e participaram cerca de 300 pessoas.
O ex-presidente do Conselho Fiscal da Petros, Silvio Sinedino, e o secretário-geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Adaedson Costa, explicaram os atuais problemas da AMS e Petros, consideradas passivos não quantificados e as medidas adotadas pela atual direção da Petrobras para reduzir sua participação como patrocinadora. As ações prejudicam os trabalhadores, aposentados e ativos, e aceleram o processo de privatização da empresa.
O mediador da Live, Fernando Siqueira, ex-presidente da AEPET e do conselho Fiscal da Petros, apresentou um histórico das estratégias de privatização da Petrobrás implementadas desde o ex-presidente Collor até Bolsonaro e seus impactos na AMS e Petros. Inclusive, Siqueira lembrou a repercussão da denúncia feita pela AEPET quando Fernando Henrique Cardoso tentou mudar o nome da empresa para Petrobrax a fim de facilitar sua venda no mercado internacional. Responsabilizou a empresa pela indicação dos péssimos gestores que levaram à Petros a acumular um prejuízo de R$ 34 bilhões de reais e os participantes e assistidos, por meio do equacionamento, estão precisando pagar parte dessa dívida.
Na sua fala Adaedson Costa explicou a proposta da empresa para a AMS nesta campanha reivindicatória. A proposta da empresa, que está sendo decidida nas assembleias, poderá trazer graves prejuízos à categoria, em especial, aos aposentados e pensionistas, se for aprovada.
Caso a proposta da Petrobras se efetive, em dois anos o aumento médio da mensalidade da AMS acumulará um percentual de 261%. Para os que ganham menos e com idade acima de 58 anos chegará a ser de 800%. Ele explicou que a FNP vai disponibilizar no site (www.fnpetroleiros.org.br), nos próximos dias, um simulador para que o trabalhador faça a projeção. Outra questão preocupante é que, com a aprovação do ACT, a Resolução 23 da CGPAR suspensa por liminar desde 2018 não terá mais validade. Essa resolução atenta contra uma conquista dos empregados das estatais, retirando o custeio do plano de saúde em 70% da patrocinadora e 30% trabalhadores para impor 50% a 50%. Por isso, a FNP vem orientando os trabalhadores que rejeitem rotundamente a proposta da empresa para o ACT.
O ex-presidente do Conselho Fiscal da Petros, Silvio Sinedino, explicou os riscos e armadilhas do Plano Petros-3, cujo regulamento ainda não foi aprovado pelo Conselho Deliberativo da Petros, mas a proposta já foi divulgada pelo fundo de pensão. Considerado um dos piores planos da história da Petros, o PP-3 rompe com o mutualismo encontrado na modalidade Benefício Definido (BD), dos atuais planos PPSP’s e PP-2, e retira totalmente a responsabilidade da Petrobrás como patrocinadora. Sinedino fez um chamado aos conselheiros deliberativos, eleitos pelos trabalhadores, para que votem contra o PP-3 e aos participantes e assistidos para que não migrem quando for aprovado. Ele lembrou as lutas dos trabalhadores para barrar outros planos, como o Petrobrás Vida, e reiterou que se a Petrobrás insistir em impor o PP-3, mais uma vez, os petroleiros irão se mobilizar até derrubá-lo, seja politicamente ou juridicamente.
Muitos petroleiros que assistiram a Live em diferentes regiões do Brasil encaminharam mensagens parabenizando a AEPET-BA pela iniciativa pela qualidade do conteúdo. Muitas dúvidas dos internautas também foram esclarecidas.
A AEPET-BA agradece a participação das pessoas e disponibiliza o link com a íntegra da Live para quem não teve oportunidade de assistir.
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