A Bahia aderiu ao Dia Nacional de Luta em defesa do teletrabalho, realizado na manhã de quarta-feira (12/02). Trabalhadores e trabalhadoras do setor administrativo se reuniram na Torre Pituba, em Salvador. A AEPET-BA, em conjunto com o Sindipetro-BA, teve papel central na construção do ato, mobilizando seus diretores e associados para fortalecer a luta pela manutenção do teletrabalho.
No final do ato, foi aprovada por unanimidade, com proposta apresentada pela AEPET-BA e apoio do sindicato, a realização de uma nova mobilização. Dessa vez, será um “arrastão” na quinta-feira, dia 20/02, das 9h às 11h30.
Os trabalhadores e trabalhadoras têm promovido manifestações semanais em defesa do teletrabalho em Salvador. O ato desta quarta-feira foi mais um entre essas mobilizações, reforçando a crescente pressão sobre a empresa para que abra um canal de negociação.
Pressão coletiva
Com palavras de ordem como “Nem um passo atrás” e “Negociação coletiva já”, a categoria mostrou disposição para fortalecer a luta caso a gestão da Petrobrás insista no impasse criado pela alteração unilateral da escala do teletrabalho.
Diretores e associados da AEPET-BA, que atuam na sede administrativa, também participaram ativamente da mobilização convocada pelas federações. O presidente da entidade, Marcos André, destacou a relevância da coletividade na defesa dos direitos da categoria.
“O que importa não é a opinião isolada de cada um, mas sim o que construímos coletivamente. Quando alguém ignora essa decisão, não está apenas exercendo um direito individual, mas atacando um direito conquistado pelo coletivo”, afirmou.
Ele reforçou que a luta não se restringe apenas à quantidade de dias de teletrabalho, mas sim ao respeito aos trabalhadores e ao direito de qualquer mudança ser discutida coletivamente.
“Se não temos o direito de sermos respeitados pela empresa nas decisões, nenhum outro direito estará garantido”, alertou.
Confira aqui o vídeo de Marcos André.
Já a diretora de Comunicação da AEPET-BA, Érika Grisi, criticou a intransigência da gestão da Petrobrás durante a reunião com as federações no último dia 7 de fevereiro. A empresa decidiu adiar por três semanas qualquer definição sobre a negociação coletiva do teletrabalho.
“Dizem que não há nada para negociar, mas em três semanas querem negociar. Isso é um absurdo não só com os sindicalistas que estavam na reunião, mas com toda a categoria”, declarou.
Assista ao vídeo de Erika Grisi
Petroleiros e petroleiras seguem mobilizados e em estado de greve, reforçando a necessidade de respeito aos seus direitos e de um processo de negociação transparente e democrático.