No texto publicado em seu blog, a conselheira Rosangela Buzanelli celebra a decisão estratégica da Petrobrás de retomar os investimentos em etanol, anunciada pela presidente Magda Chambriard. Essa iniciativa reforça o papel da companhia na transição energética e reafirma seu compromisso com a diversificação da matriz energética brasileira.
A conselheira destaca a relevância histórica da Petrobrás no setor de biocombustíveis e a importância de sua subsidiária, a PBio, no fortalecimento dessa retomada. Confira a seguir o artigo completo e entenda como essa decisão se conecta ao legado e às perspectivas futuras da Petrobrás:
A presidente Magda Chambriard anunciou na semana passada, durante a apresentação dos novos planos estratégico e de negócios da Petrobrás, que a companhia vai voltar a investir em etanol, com a expectativa de liderar a produção do país. Como disse a presidente Magda, o etanol tem tudo a ver com o DNA da Petrobrás. Mais uma decisão acertada que, de fato, poderia ter sido tomada na gestão passada, quando da criação da Diretoria de Transição Energética. E digo isso porque a companhia, com toda sua história e experiência, já poderia estar atuando há tempos como protagonista no setor nacional de álcool, fortalecida pela sua subsidiária integral, a PBio, nossa Petrobras Biocombustível S.A.
Não faltam competência e conhecimento à companhia para retomar esse mercado, que foi abandonado recentemente. Lembrando que a Petrobrás foi uma das grandes impulsionadoras do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), que transformou o Brasil em um dos maiores produtores, consumidores e exportadores de etanol do planeta.
Implementado pelo governo federal na década de 70, para amenizar a crise do petróleo, consequente do primeiro e segundo choques do petróleo, o Proálcool significou uma economia no país equivalente a mais de 2,5 bilhões de barris de petróleo, representando cerca de US$ 205 bilhões em importações de gasolina ao longo das últimas cinco décadas, segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME). Para além da monumental economia, o programa significou uma iniciativa pioneira e inovadora, como tantas outras do Brasil cuja matriz energética é a mais diversificada do planeta. Na atualidade a produção de etanol se dá a partir da cana-de-açúcar e do milho, que ocupa hoje quase 20% da produção no país.
A retomada da produção de etanol está em linha com a decisão estratégica da Petrobrás na direção da diversificação energética e da descarbonização das operações e produtos. E, portanto, a inserção da PBio nesse retorno é fundamental e enriquecedora, pois nesse contexto das energias renováveis, os biocombustíveis têm importante papel, sejam puros ou para cumprir os mandatos na mistura com os fósseis, conforme Lei do Combustível do Futuro (Lei 14.993/24), sancionada em outubro. E a Petrobrás Biocombustíveis tem expertise na produção de biocombustíveis com sustentabilidade, requisito intrínseco para uma “transição energética justa”.