Empregados do administrativo do Torre Pituba, localizado no Itaigara, em Salvador, estão indignados com a Companhia pelo desrespeito aos protocolos de prevenção para a Covid-19, colocando-os em risco, na fase final da desocupação do prédio. Segundo relatos, a Estrutura Operacional de Resposta, responsável pela desocupação, cometeu falhas graves nas medidas adotadas, aumentando os riscos de contágio pelo coronavírus.
O plano divulgado pelos gerentes aos empregados, que precisam se dirigir ao prédio para recolher objetos pessoais, apresenta uma sequência de falhas que passa pelo tipo de máscara de proteção, a testagem utilizada para ingressar no prédio, além de provocar aglomerações por andar. Como se não bastasse a tristeza de ver o prédio vazio e abandonado, os empregados estão expostos à doença porque os gerentes têm pressa em devolver o prédio à Petros. É muita falta de humanidade.
São quase 900 empregados autorizados pela direção para ficar no prédio apenas o tempo necessário para recolher suas coisas. Porém, as tabelas das escalas divulgadas pelas gerências, para que os empregados acessem o prédio, provocam aglomerações nas salas e nos corredores. Além disso, as máscaras fornecidas pela empresa não são adequadas e é quase impossível manter o distanciamento devido à disposição das mesas de trabalho. Então mesmo que eles fiquem pouco tempo no prédio a proximidade é inevitável.
O que mais preocupa, entretanto, é a testagem. Recentemente, o Ministério Público do Trabalho da 1ª Região, com base nas recomendações da Associação Internacional dos Produtores de Óleo e Gás (IOGP-IPIECA), pediu à Petrobrás utilizar o teste do PCR, por ser a mais confiável para fins de diagnóstico para a Covid-19. No Torre Pituba, a empresa está realizando o teste Rápido Sorológico Qualitativo IgG – IgM que apresenta restrições.
O clima é de muita preocupação já que muitos empregados estão nos grupos de riscos, outros têm filhos pequenos ou moram com os pais, por isso precisam redobrar os cuidados para evitar o contágio pela Covid-19.