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A AEPET-BA vai participar da inauguração do posto de atendimento presencial fixo da Saúde Petrobrás, antiga AMS, em Salvador, na próxima sexta-feira (27/09), às 10h, no Ediba, na Torre Pituba.

O posto presencial fixo foi uma das reivindicações da AEPET-BA para minimizar o sofrimento dos aposentados com a AMS, conforme explica o presidente Marcos André.  “A Bahia congrega o segundo maior contingente de aposentados da Petrobrás, depois do Rio de Janeiro. Aposentados e pensionistas enfrentam muitas dificuldades nas solicitações de atendimentos e consultas na AMS, via on-line, por meio de aplicativos e do site. E se isso fosse pouco, existem muitas situações de saúde impossíveis de serem resolvidas via atendimento digital”, explica ele.

Essas preocupações foram manifestadas em correspondência ao então presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, em abril deste ano, em que se solicitou além de atendimento presencial para o novo modelo do Programa de Avaliação da Saúde do Aposentado (PASA) e a implementação do posto fixo da AMS.

Leia a carta encaminhada pela AEPET-BA

Na ocasião, o RH respondeu a carta da AEPET-BA, confirmando a instalação do posto para julho, acabou atrasando dois meses.

Saiba mais Petrobrás confirma reabertura do posto da AMS para julho em Salvador

Trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas ainda sofrem com os descontos abusivos da AMS e as medidas adotadas após a criação da Saúde Petrobrás, que piorou o atendimento aos beneficiários.

Por isso, não só queremos o posto fixo em Salvador como também que a AMS volta a ser gerida pela Petrobras no modelo de autogestão pelo RH.

Privatização da AMS

No olho da pandemia, em maio de 2020, com a justificativa de redução de despesas, o então presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, e o gerente do RH, Cláudio Costa, numa tentativa de privatizar a assistência médica dos petroleiros, passaram a gestão para uma associação privada sem fins lucrativos que foi criada para esse fim: Associação Petrobrás Saúde (APS). A medida acabou gerando uma profunda crise na AMS e exigiu enormes sacrifícios aos petroleiros.

Com isso, o custo administrativo que antes era mantido pela Petrobras ficou por conta da APS, levando o ônus para os trabalhadores (as).

A mudança foi aprovada sem passar pelo diálogo com as entidades representativas de empregados e aposentados, contrariando 17 cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e desrespeitando acordos firmados pelas federações dos petroleiros com o Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Cláudio Costa foi demitido sob suspeita de negociar ações da estatal. O gerente acumulava críticas devido às medidas assumidas por ele na sua gestão sob a justificativa de foco na eficiência e na meritocracia. Na prática, elas se mostraram ineficientes e serviram apenas para reduzirem direitos dos trabalhadores, aumentando o bônus do próprio Costa e dos demais diretores da empresa.


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