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Um mês depois do último aumento, a Acelen, empresa do grupo Mubadala – que administra a antiga Refinaria Landulpho Alves, anunciou o sexto aumento no preço do gás de cozinha (GLP). O reajuste começou a ser praticado nesta segunda-feira (01/08).

Com o aumento de 8,2%, o botijão de 13 quilos deve ficar entre R$ 6 e R$ 8 mais caro. O primeiro reajuste deste ano aconteceu em fevereiro, quando o valor do produto chegou até R$ 120. Em 2021, o valor chegou a R$ 105, em Salvador. Já em 2020, o GLP custava em média, R$ 68 no estado.

O valor médio do gás da Acelen chega a ser mais caro, em relação ao mesmo produto comercializado pela Petrobrás. Em média, o botijão é vendido pela estatal a R$ 111,75 (dado da ANP); enquanto na Bahia, o valor chega a R$ 130 (dado do Sindigás).

Infelizmente, a realidade da dona de casa, da mãe solteira, dos desempregados e aqueles que sobrevivem de bicos, não é fácil. O preço do gás de cozinha está em níveis estratosféricos, custando mais de 10% do salário-mínimo.

E somando os demais outros aumentos, como o da gasolina, da energia e do diesel – que influenciam diretamente na precificação dos alimentos e itens básicos, quase não sobra dinheiro ao trabalhador para comprar alimentos, muitos menos para o gás.

Para muitos deles (as), a solução é recorrer a métodos arriscados, que colocam em risco a própria vida e daqueles que estão ao redor, como cozinhar com álcool ou a lenha. É preciso dar um basta nisso!

Fórum denúncia Acelen ao CADE

No mês de abril, a AEPET-BA e a ABRASPET – Associação Brasileira dos Anistiados Políticos do Sistema Petrobrás (clique aqui), entraram com representação contra a Acelen no CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. A denúncia foi com base na prática de abuso do monopólio regional.

Num dos trechos da representação (clique aqui), junto ao CADE, as entidades argumentaram:

Ao se utilizar da sua posição dominante no mercado de combustíveis para impor preços substancialmente superiores aos praticados no restante do país, ou a se recusar a garantir o fornecimento de combustíveis para os navios nos portos locais.

A ACELEN não está observando a função social da propriedade, não está respeitando os direitos dos consumidores do Estado da Bahia em especial, e muito menos está contribuindo para a redução das desigualdades regionais e sociais.

Ao contrário. Tal conduta vem agravando as desigualdades regionais e sociais, ao obrigar a população de Estados do Nordeste com renda per capita inferior aos Estados do Sudeste, por exemplo, paguem mais caro para ter acesso a combustíveis e gás de cozinha que a população daquela Região”.

 

 

 


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