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Em matéria divulgada no seu blog, a conselheira Rosangela Buzanelli fala sobre o resultado da AGO realizada no dia 25/04, que aprovou o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários aos acionistas e elegeu os conselheiros. “Com seis das 11 cadeiras do CA, a União exerce, teoricamente, o controle no colegiado, porém com frágil maioria” e faz um alerta; leia o material na íntegra:

Na tarde de quinta-feira (25), foi realizada a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Petrobrás, onde foi aprovado o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários aos acionistas. Em março, o CA havia reprovado, por maioria, a distribuição da remuneração, destinando-a para o fundo de reserva, decisão que foi mantida na reunião de abril, ao contrário do alardeado pela grande mídia.

Mas a assembleia é soberana e decidiu, por maioria dos votos, inclusive da União, pelo pagamento que será efetuado em duas parcelas. Eu votei contra essa proposta, mantendo os mesmos argumentos em março e abril.

Posteriormente, ocorreu a votação dos conselheiros indicados pela União e pelos acionistas privados para o Conselho Fiscal e o Conselho de Administração da companhia. O atual presidente do CA, Pietro Adamo Sampaio Mendes, foi reconduzido ao cargo.

A assembleia também reelegeu outros quatro representantes do governo no CA – o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates; Bruno Moretti; Vitor Saback e Renato Gallupo – e elegeu Rafael Dubeux, que ocupa a cadeira do professor Sergio Machado Rezende.

Em relação aos acionistas privados, foram reeleitos Juca Abdalla, Marcelo Gasparino e Francisco Petros e eleito Jerônimo Antunes. A única vaga que já estava definida era a da representante dos empregados da companhia. Em dezembro passado, fui reeleita pela categoria petroleira para meu terceiro mandato.

Com seis das 11 cadeiras do CA, a União exerce, teoricamente, o controle no colegiado, porém com frágil maioria. Como tenho alertado há alguns anos, é imprescindível e urgente que a União readquira ações ordinárias para que o estado brasileiro tenha uma maioria mais segura e confortável dentro do Conselho de Administração e das assembleias gerais dos acionistas.


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