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Segundo estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia, o Brasil deixará de arrecadar R$3,7 trilhões até 2055 se não explorar novos campos de petróleo. O valor corresponde a uma média anual de R$155 bilhões durante o período analisado. Com esses números, o governo deve reforçar a argumentação da ala pró-exploração.

O levantamento publicado na semana passada afirma que também haveria uma perda na arrecadação de tributos diretos e indiretos (como IRPJ, CSLL e PIS/Cofins) de R$824 bilhões no mesmo período (ou R$34 bilhões por ano, em média).

Além disso, o documento diz que reduzir a exploração traria a necessidade de uma importação líquida de petróleo de R$2,1 bilhões, de 2024 a 2055, o que afetaria a balança comercial do período.

A EPE afirma que o estudo tem caráter apenas informativo e é destinado a subsidiar o planejamento do setor energético nacional, sendo que quaisquer decisões sobre políticas públicas ou diretrizes estratégicas são de responsabilidade de outras instituições. As conclusões do levantamento, no entanto, sinalizam uma visão favorável à continuidade da exploração em território nacional.

Para a AEPET-BA, esse estudo indica também a necessidade de incremento nos investimentos da Petrobrás e toda a cadeia produtiva e logística para evitar que a exploração do produto seja feita apenas por empresas privadas. “Se o petróleo é o ouro, não podemos permitir, mais uma vez, que nossa riqueza seja apropriada pelas potências do norte global, nos mantendo eternamente como povo pobre em um país rico”, afirma o presidente da entidade, Marcos André.

O petróleo precisa servir à reindustrialização do país, a reconstrução da indústria naval e a transição energética justa o que só é compatível com exploração, refino, petroquímica e distribuição justa do petróleo de modo a beneficiar toda a sociedade e assegurar energia a preço justo para os brasileiros.


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