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O início do contrato entre a petroquímica Unigel e a Petrobrás foi adiado mais uma vez. O acordo de ‘tolling’, que está sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), entraria em vigor em fevereiro, foi adiado para março e depois para o dia 28 de abril. Agora, o negócio entre as empresas foi prorrogado por mais 60 dias.

Assinado no dia 29 de dezembro, o contrato de industrialização sob encomenda de fertilizantes causou estranheza a ponto de ser suspenso pelo TCU porque, segundo os termos, a própria Petrobrás fornecerá o gás natural e as fábricas, em Sergipe e na Bahia, para que a Unigel produza os fertilizantes. O parecer dos técnicos do TCU estima em R$ 487 milhões de prejuízo para a Petrobrás se o contrato for executado.

A petroleira informou que “a data de início do contrato foi postergada para dar mais tempo para o cumprimento das condições precedentes” e que nenhum desembolso de recursos foi realizado até agora.

O relator do processo no TCU, Benjamin Zymler, pediu à área técnica do tribunal o aprofundamento de alguns itens do contrato. Enquanto isso, a unidade de auditoria especializada do TCU segue com a fiscalização do contrato. A estimativa é que em mais 30 dias o material pedido por Zymler seja entregue a ele, que deverá concluir o seu relatório e disponibilizá-lo para ser apreciado pelos colegas em plenário.

Relembre o caso:

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(Com informações do O Globo)


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