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No dia 03 de maio, o Jornal Metropole publicou uma reportagem sobre a situação preocupante na Refinaria de Mataripe. A antiga Refinaria Landulpho Alves, agora sob gestão da Acelen desde dezembro de 2021, prometia uma revolução na produção e no mercado de trabalho. No entanto, pouco mais de dois anos após essa aquisição, a realidade se mostra distante das projeções otimistas.

Recentemente, o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) denunciou as graves deficiências operacionais na refinaria, que colocaram em risco o abastecimento de gás de cozinha e combustíveis em toda a Bahia. Segundo o diretor de Comunicação Social do Sindipetro, Radiovaldo Costa, os trabalhadores da refinaria relataram problemas operacionais graves que a direção da empresa tentava ocultar.

As falhas operacionais foram agravadas pelas fortes chuvas sobre o Recôncavo, que causaram paralisações e falhas em unidades da refinaria. Especificamente, a unidade 39, vital para o processamento do petróleo, enfrentou dificuldades, aumentando o risco de desabastecimento, especialmente de gás de cozinha.

Essa não é a primeira vez que a Refinaria de Mataripe enfrenta problemas. Em 2022, uma série de manutenções reduziu o volume de botijões de gás de cozinha, causando dificuldades no abastecimento.

Diante desses eventos, a Acelen foi forçada a admitir publicamente as falhas operacionais e adotar medidas emergenciais para garantir o fornecimento de gás de cozinha e combustíveis. A empresa afirmou estar empenhada em resolver os problemas e anunciou o uso de tecnologias de inteligência artificial para melhorar o diagnóstico e correção de falhas.

Além das questões operacionais, o Sindipetro critica a política de preços da Acelen, que segue os valores do mercado internacional, resultando em aumentos frequentes nos preços dos combustíveis. Essa disparidade com a política da Petrobrás, que possui mecanismos próprios de definição de preços, tem gerado preocupações e dificuldades para o mercado local.

Enquanto a Acelen enfrenta esses desafios, a Petrobrás busca reassumir o controle sobre a antiga RLAM As negociações estão em andamento, com a estatal considerando a compra de uma fatia do negócio, além de participação na biorrefinaria Macaúbas, projeto desenvolvido pelo Grupo Mubadala na Bahia.

Embora as tratativas ainda estejam em curso, o Sindipetro acredita que a reincorporação da refinaria pela Petrobrás será benéfica para a Bahia e sua economia. Enquanto isso, a população baiana aguarda por soluções que garantam um abastecimento estável e preços justos dos combustíveis, enquanto o destino da Refinaria de Mataripe permanece em debate entre empresas e órgãos reguladores.

(Com informações do Jornal Metropole. Leia a reportagem na íntegra clicando aqui.)

 


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